Utilização da ventilação não invasiva em edema agudo de pulmão e exacerbação da doença pulmonar obstrutiva crônica na emergência: preditores de insucesso

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Title: Utilização da ventilação não invasiva em edema agudo de pulmão e exacerbação da doença pulmonar obstrutiva crônica na emergência: preditores de insucesso
Authors: Passarini, Juliana Nalin de Souza, Zambon, Lair, Morcillo, André Moreno, Kosour, Carolina, Saad, Ivete Alonso Bredda
Source: Revista Brasileira de Terapia Intensiva. September 2012 24(3)
Publisher Information: Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB, 2012.
Publication Year: 2012
Subject Terms: Pressão positiva contínua nas vias aéreas, Edema pulmonar, Doença pulmonar obstrutiva crônica, Insuficiência respiratória, Emergência
More Details: OBJETIVO: Analisar os casos de insuficiência respiratória aguda decorrente de edema agudo de pulmão e de agudização da doença pulmonar obstrutiva crônica, submetidos à ventilação mecânica não invasiva, a fim de identificar fatores associados ao sucesso ou ao insucesso do método em um serviço de urgência e emergência. MÉTODOS: Estudo descritivo e analítico prospectivo. Foram incluídos pacientes de ambos os gêneros, com idade >18 anos, que utilizaram ventilação mecânica não invasiva devido ao quadro de insuficiência respiratória secundária a edema agudo de pulmão ou agudização da doença pulmonar obstrutiva crônica. Foram excluídos os pacientes com insuficiência respiratória aguda secundária a patologias diferentes de edema agudo de pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica, ou que apresentavam contraindicação para a técnica. A rotina da instituição é utilizar a pressão expiratória entre 5 e 8 cmH2O, e a inspiratória entre 10 a 12 cmH2O, além de suplementação de oxigênio para manter a saturação periférica de oxigênio >90%. A variável "desfecho" considerada foi a intubação endotraqueal. RESULTADOS: Foram incluídos 152 pacientes. A mediana do tempo de ventilação mecânica não invasiva foi de 6 (1 - 32) horas para os pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (n=60) e de 5 (2 - 32) horas para os pacientes com edema agudo de pulmão (n=92); 75,7% evoluíram com sucesso. Foram observados pior escore de APACHE II e menor saturação periférica de oxigênio, de forma estatisticamente significante, nos pacientes que evoluíram para intubação (p<0,001). O uso de BiPAP relacionou-se a 2,3 vezes mais chance de ocorrência de intubação endotraqueal que o de CPAP (p=0,032). Entre os pacientes com diagnóstico de edema agudo de pulmão e com pontuação mais elevada na ECG também apresentaram mais chance de sucesso CONCLUSÃO: As variáveis associadas à intubação endotraqueal foram frequência respiratória > 25rpm, maior valor de APACHE II, uso de BiPAP e diagnóstico de doença pulmonar obstrutiva crônica. Já maiores valores de ECG e SpO2 estão associados ao sucesso da ventilação mecânica não invasiva. A ventilação mecânica não invasiva pode ser utilizada em serviços de urgência/emergência para casos de insuficiência respiratória aguda decorrente de edema agudo de pulmão e exacerbação da doença pulmonar obstrutiva crônica, com cuidado especial na monitoração dos pacientes com variáveis relacionadas à maior porcentagem de intubação endotraqueal.
Document Type: article
File Description: text/html
Language: Portuguese
ISSN: 0103-507X
DOI: 10.1590/S0103-507X2012000300012
Access URL: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2012000300012
Rights: info:eu-repo/semantics/openAccess
Accession Number: edssci.S0103.507X2012000300012
Database: SciELO
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ISSN:0103507X
DOI:10.1590/S0103-507X2012000300012
Published in:Revista Brasileira de Terapia Intensiva
Language:Portuguese